A resposta na última página

Sobre literatura

Como toda forma de expressão artística há na literatura aquela que supostamente deve ser lida e estudada e aquela que não devemos usar como parâmetro para a complexa compreensão de um povo, da sociedade.

Porque o Brasil não ganha o Prêmio Nobel de Literatura

Dos nossos autores, 36% trabalham como jornalistas. Pois as profissões mais comuns dos protagonistas da literatura brasileira são, pela ordem, escritor, criminoso, artista, estudante e jornalista. E a maioria das histórias se passa no presente, ou no máximo dos anos 80 para cá. O assunto da literatura brasileira é o escritor(a) brasileiro(a) e seu mundinho. É um coroa diletante e seu tema é a própria juventude e meia-idade, reimaginadas dramaticamente. Este é o resumo curto e grosso da pesquisa feita pela professora Regina Dalcastagnè, da UNB. Ela analisou 258 romances de 165 escritores diferentes, de 1997 a 2012, de editoras variadas. É amostra significativa. Regina conclui que não há na literatura nacional o que chama de “pluralidade de perspectivas sociais”. Nossos livros não incluem brasileiros de várias cores, classes, religiões, idades. Bidu. É e sempre foi assim

André Forastieri

Essa discussão sobre validar e invalidar um livro ficcional vem de longa data. Muito se usa a expressão Alta literatura, que em minha visão a transforma em baixa análise. O que seria alta literatura? Penso que a resposta é, mero texto introspectivo. Atualmente, acredito que muito dessa chamada alta literatura nada mais é que, as crises existenciais da classe média, classe média alta. Em sua tese sobre “alta literatura” e “literatura comercial”, Wlange Keindé Pinho Oliveira discorre sobre o preconceito em relação a literatura de entretenimento e a literatura esteticamente validada por especialistas literários. Abaixo link, onde você pode baixar a dissertação e resumo.

Arte ou produto: a divisão entre “alta literatura” e “literatura comercial” no Brasil contemporâneo

Existe certo incômodo no meio literário quanto à divisão das obras narrativas em dois grupos supostos: o da literatura comercial e o da alta literatura. A oposição sugere mais do que uma diferença no número de vendas ou no valor estético das obras. Estudiosos como Leyla Perrone-Moisés e Muniz Sodré apresentam esses dois polos como tendo características textuais e narrativas diferentes. Desse modo, aspectos internos desses tipos de literatura fariam com que um merecesse mais prestígio e o outro fosse mais capaz de conquistar a adesão popular. Entretanto, à luz da ficção brasileira contemporânea e da revisão das teorias favoráveis à classificação em questão, é concebível afirmar, de fato, a existência desses grupos como essencialmente distintos? Por meio de uma pesquisa bibliográfica de caráter analítico, investigamos a origem dos conceitos de “alta literatura” e “literatura comercial” a partir das ideias de autonomia da arte e de cultura de massa, examinamos como essa divisão se manifestou na história da literatura brasileira e procuramos entender sua funcionalidade para a análise e a valoração da produção nacional dos dias de hoje, tendo como amostra uma seleção de romances publicados no período que se estende de 2011 a 2015. Concluímos que essa classificação diz mais sobre o tipo de consagração social dos autores e das obras do que sobre as características internas e o valor literário dessas obras, e que alguns critérios usados para dividir a literatura brasileira contemporânea em alta e comercial são antiquados e reducionistas demais para dar conta de tal produção.

Literatura entretenimento

De Quando A Gente Acordou Para A Vida E Criou Uma Nova Fantasia Para Aquela Que Se Extinguia

Quando meus irmãos e eu descobrimos Mickey, ele já estava consolidado pelas mais variadas aventuras idealizadas pelas mentes criativas dos desenhistas da Disney. Com ele vieram os vilões, Mancha negra, João Bafo-de-onça, Dr. Estigma, Professor Gavião dentre outros. Mergulhar nas estórias e ser levado para um mundo totalmente oposto daquele que vivíamos foi para nós um amortecedor e catalisador daquilo que viríamos a ser. Fala-se que a leitura pode levar a qualquer lugar, podemos dizer que em nossa infância e adolescência levamos isso muito a sério. Paralelamente, assistíamos: Hanna-Barbera e aqueles filmes japoneses tipo Jaspion e Robô Gigante, mas disso falamos depois.

Abaixo trago um pouco dessa a relação de uma infância que não passa nunca:

Por que não pediram a Evans?

Após uma tacada especialmente ruim, Bobby Jones lança sua bola de golfe em um precipício. Ao procurá-la, encontra um homem acidentado que parece estar em seus momentos finais. Pouco antes de morrer, o moribundo abre os olhos e proclama suas últimas palavras: “Por que não pediram a Evans?” Assombrados pela pergunta, Bobby e sua amiga Frankie tentam descobrir quem é Evans e o que exatamente não lhe foi pedido. Porém, os dois logo percebem que, por mais que não sejam detetives profissionais, os perigos dessa investigação são muito reais. Esse livro é o meu favorito de Agatha Christie e um dos favoritos de meus irmãos e irmãs.

Literatura clássica

Ainda na década de 90 onde minha leitura foi intensa. Pela década tomei conhecimento de Théophile Gautier ao ouvir falar da obra Mademoiselle de Maupin. A personagem é levemente baseada na cantora de ópera chamada Julie d’Aubigny. Estamos em 2021 e me preparo para ler a ficção de Gautier. Pensei nesse livro para me “ajudar” na criação de uma das minhas personagens. Esse livro está esgotado inclusive em vários países do exterior. Porém em meados de 2007 li uma obra que me deixou abismada pela habilitada com que lida com a palavra. A obra é A morte amorosa. Há referências a esse conto no blog. A morte amorosa me influenciou na criação das vampiras do livro que escrevi: Passa lá em casa. Acredito que a leitura de Mademoiselle de Maupin. Théophile Gautier e um mestre.

Desde a década 1990 ouço falar de Mademoiselle de Maupin. O desejo pelo livro veio pois, sabia que o livro tratava de uma mulher que se travestia de homem e encantava as mulheres. Li alguns contos de Théophile Gautier, incluindo A morte amorosa. Que Goutier tem uma grande habilidade no uso da palavra, na construção de uma obra de ficção. O livro de Mademoiselle de Maupin foi difícil de ser encontrado. Poucas bibliotecas tinham o livro. Há alguns meses decide comprar e achei o livro no Mercado Livre e no Estante virtual. Comprei ambos. As vezes imagino que o livro não era tão fino. Usei A morte amorosa como referencia na construção das minhas personagens para o livro Passa lá em casa. Vou precisar novamente da boa influência de Théophile Gautier.

O entretenimento que entrou para a história, um Clássico

Para mim é simples, não sei se deveria ser simples, mas vamos lá. Eu penso na literatura da seguinte forma:

  • Literatura clássica: aquela que é referência para a literatura, a forma de se fazer ficção e o contexto a que pertencem. Pôde inclusive ser literatura de entretenimento como Sherlock Holmes, Bram Stoker e outros escritores ou personagens conhecidos do público. Muitos deles, vistos como menores
  • Literatura introspectiva: Aquela chamada Alta Literatura. Particularmente vejo o cenário atual brasileiro da literatura como um diário da classe média e classe média alta travestidos de ficção. As crises existenciais dessas pessoas. Não há de se impressionar que, boa parte desses escritores, sejam jornalistas. Toda literatura é comercial se visa leitores pagantes
  • Literatura de Entretenimento: Aquela que é desprezada e posta por quem estuda literatura como Baixa Literatura, (penso que baixa literatura é justamente aquele vista como Alta Literatura). Eu gosto de Agatha Christie, não tenho interesse em  E L James e seus 50 tons. Aliás, como estudante de arquitetura sou fascinada por teoria da cor (Arquitetura, Da Segregação a Composição: COR!, Triste engano e Wonderful World of Color) e meu primeiro contato com a obra dela, pensei se tratar do estudo da cor. Eu sinceramente vejo mais como gosto pessoal, apesar de serem esculhambados pela galera pensante. Eu acredito que o que Literatura de Entretenimento
Sherlock escalado para estrelar novos selos celebrando o detetive fictício

George Simenon

Clarice tinha especial apreço pela obra de George Simenon (1903-1989), criador do comissário Jules Maigret. O personagem aparece em 75 novelas e 28 contos e suas histórias já foram transpostas para cinema e televisão dezenas de vezes. É provável que a escritora tenha assistido a muitos de seus longas.

alta literatura vs literatura de ENTRETENIMENTO

No dia 27 de novembro de 2014 resolvi comprar o livro Morte em Pemberley de P. D. James. Para minha tristeza foi o dia em que a escritora morreu. Enquanto procurava um site para comprar o livro na internet apareceu matérias sobre a morte da escritora. Morte em Pemberley é uma fanfic de Orgulho e preconceito de Jane Austin. James usa o casal Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy para desvendar um assassinato em sua propriedade. Aqui duas escritoras de épocas e estilos diferentes.

Sobre nós

Na década de 1990 meus irmãos, minhas irmãs e eu, certa vez, fomos a uma palestra de escritores na Biblioteca Mario de Andrade. Nessa palestra conhecemos Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado, Ignácio de Loyola Brandão, Marcos Rey e outros. Após, fomos conversar com alguns escritores.

Revitalização da Linguagem

A colheita é comum, mas o capinar é sozinho

João Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa é o escritor brasileiro que mais me inspira e me mostra a grandeza da narrativa ficcional

Chamada do Filme ”A Vida Íntima de Sherlock Holmes” na ”Sessão de Gala” (TV Globo – 1985)
Critíca: A vida íntima de Sherlock Holmes

90 anos da morte de Arthur Conan Doyle

Versão de 1940 de Orgulho e Preconceito. Com Laurence Oliver e Greer Garson
Carta de Jane Austen é vendida a $ 200.000,00

2017: 200 anos da morte de Jane Austen

Witness for the Prosecution (Testemunha de Acusação) é um filme americano de 1957
Entre Billy Wilder e Agatha Christie

100 anos de O Misterioso Caso de Styles

O Livro das Mil e uma Noites é de longe meu livro favorito. Comprei a coleção em 2013, provavelmente. Em meados de 2005 Mamede Mustafa Jarouche iniciou pela primeira vez a tradução do livro foi feita diretamente do Árabe. Uma obra-prima da literatura Universal

O professor Mamede Mustafa Jarouche é bacharel em Letras (Português e Árabe) pela Universidade de São Paulo, doutor e livre-docente em Literatura Árabe pela mesma Universidade, na qual leciona desde 1992. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Literatura Árabe, atuando principalmente nos seguintes temas: orientalismo, narrativa árabe, cultura árabe, Oriente Médio e tradução do árabe. Traduziu, entre outras obras, os cinco volumes d’As Mil e Uma Noites.

NOVA EDIÇÃO, REVISTA E ATUALIZADA, DA OBRA VENCEDORA DOS PRÊMIOS PAULO RÓNAI (FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL), JABUTI DE MELHOR TRADUÇÃO E APCA (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS CRÍTICOS DE ARTE) Primeira tradução integral e direta do árabe para o português, o “Livro das mil e uma noites” retorna às livrarias com novo projeto gráfico, numa edição revista e atualizada pelo tradutor Mamede Mustafa Jarouche. Vencedor dos prêmios APCA, Paulo Rónai e Jabuti de melhor tradução, o “Livro das mil e uma noites” é uma obra universal que atravessou séculos fazendo parte da cultura do Oriente e do Ocidente. Mais do que um rico repertório de narrativas fantásticas, é também uma homenagem à mulher e um reconhecimento de sua inteligência. Sua heroína, a narradora Šahräzäd, é um símbolo da infinita capacidade feminina de contornar situações críticas e de salvar o mundo da ruína. “[…] Antes da primeira noite, o leitor sabe que o rei Šähriyär foi traído por sua mulher, e que esta traição pode ceifar a vida de todas as mulheres do reino. Mas Šahräzäd decide arriscar sua própria pele a fim de salvar as outras mulheres. Então, começa a contar histórias ao rei. Em cada amanhecer o relato é interrompido num momento de suspense, à espera da próxima noite. Assim, o leitor se depara com tramas ardilosas e escabrosas, cheias de fantasia e surpresa, numa geografia mutável e exuberante como num sonho ou pesadelo. O inverossímil e o inexplicável participam dessas intrigas, que a imaginação da narradora multiplica e expande até a última noite, quando se casa com o rei e salva as mulheres da degola. É esse “repertório de maravilhas” que o leitor vai encontrar nas fábulas do Livro das mil e uma noites.” Milton Hatoum

Conheça e adquira suas produções através dos links: “O desafio do tempo na tradução das Mil e Uma Noites” [artigo] https://www.academia.org.br/sites/def…